A pecuária é uma das principais atividades econômicas do Brasil, sendo responsável por uma grande parcela do PIB do país. A produção de carne bovina, em especial, é um setor importante da economia, sendo que o país é um dos maiores produtores e exportadores do mundo.
Nas últimas décadas, a pecuária passou por um processo de modernização e intensificação, baseado no uso de tecnologias como melhoramento genético, nutrição animal, manejo sanitário, pastagens cultivadas e sistemas integrados. Essas tecnologias permitiram aumentar a produtividade e a qualidade da carne bovina brasileira, tornando-a mais competitiva no mercado interno e externo, com isso, exigindo maior atenção em relação as questões que afetam a produção e o desempenho do mercado.
No entanto, essa atividade é influenciada por um ciclo que pode resultar em variações nos preços, e é importante entender esse ciclo para tomar decisões estratégicas. O ciclo da pecuária brasileira é um fenômeno que envolve a variação dos preços do gado e da carne ao longo do tempo, em função da oferta e da demanda. Esse fenômeno tem origem na natureza da pecuária de corte, uma atividade de ciclo longo que depende de fatores biológicos, climáticos, econômicos e sanitários. Para entendermos:
- Na fase de alta, a demanda por carne é maior do que a oferta, o que resulta em preços mais altos. Nesse momento, os produtores são estimulados a aumentar sua produção para atender à demanda. Com o aumento da oferta, a tendência é que os preços se estabilizem e, posteriormente, comecem a cair.
- Na fase de baixa, a oferta é maior do que a demanda, o que resulta em preços mais baixos. Nesse momento, os produtores são desestimulados a aumentar sua produção e podem até mesmo reduzir sua criação. Com a diminuição da oferta, a tendência é que os preços se estabilizem e, posteriormente, comecem a subir novamente, iniciando um novo ciclo.
Novamente destacamos que esse ciclo não é fixo e pode variar de acordo com diversos fatores, como a sazonalidade, as condições climáticas, o consumo interno e externo, e até mesmo as políticas governamentais.

De acordo com dados do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea), houve um aumento de 14,58% no abate de bovinos fêmeas no estado em fevereiro, em comparação com o mês anterior, totalizando mais de 405 mil cabeças de gado abatidas no período. Esse aumento foi impulsionado pela maior oferta de animais com até 24 meses, que cresceu 16,22%, e com 36 meses, que subiu 6,11% em relação a janeiro deste ano. Como estamos em uma fase de baixa do ciclo, a participação das fêmeas no abate total está gradualmente aumentando. Esse cenário pode resultar em uma melhora no valor do bezerro, já que a oferta de animais para a reprodução pode ser reduzida.
Para os produtores e investidores do setor, é fundamental entender o ciclo da pecuária e monitorar seus movimentos para tomar decisões estratégicas em relação à produção e comercialização de carne bovina. Além disso, é importante estar atento aos riscos e oportunidades que podem surgir em cada fase do ciclo.
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